quarta-feira, 29 de julho de 2009

Varinha de Condão










Aquela casa do juiz em Araçatuba é que era uma casa.
Tinha tanto espaço e uma garagem enorme.



Da varinha de condão me lembro a peça de teatro.

Escrevi.
Dirigi.
Fiz o cenário e figurinos.
Bilheteira.
E personagem.

Toda a turma da rua veio asisitir.
As cadeiras foram ocupadas.
Começa o espetáculo e as personagens entram em cena: uma fada e uma bruxa.
Mundo simples e maniqueísta. Mundo de criança.Com um olho no futuro.

Fiz a bruxa, embora tenha escrito para mim o personagem da fada. Percebi desde lá que existem aquelas pessoas que pouco fazem e só aparecem para... aparecer!Vampiros. Exigiu ser a fada, para que o espetáculo acontecesse. E eu, para que o espetáculo acontecesse - minha alma estava nele - fiz a bruxa. Afinal, que seria de uma fada para provar sua "fadice" se não houvesse uma bruxa, espalhando sua "bruxice"?

Quem seria afinal o protagonista?
Foi muito bom, muito pleno.

Lembro da confecção dos figurinos, dos chapéus bicudos, estrelados: azul para a fada; preto para a bruxa. Da arrumação das cadeiras. Dos meus amigos chegando. Os bilhetes. A cena acontecendo. Os aplausos.

Nasceu uma atriz que escreve e produz seus espetáculos.




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Magali