domingo, 5 de julho de 2009

GAIOLA ARBITRAL

Hoje, dás os primeiros passos
relativamente autônomos.
É o mundo das obrigações reais
que se abre aos olhos do jovem,
diferente do mundo até agora
meramente de direito,
ou predominantemente de direitos.
É o início da caminhada
rumo ao controvertido,
ao incompreendido,
ao repulsivo
e até mesmo inconseqüente
mundo dos dirigente.
É o universo obrigacional
terrivelmente disforme, cruento,
porque esteriotipado no
complexo comportamento do humano.
É a primeira e mais importante
etapa de desvinculação
do poder tirânico,
mas também o rimeiro sentir
da transmudação da autoridade.

Muito foram os embates;
muitas foram as derrotas;
muitas as conseqüências e
muitos os choques opinativos,
porém, necessários.
Necessários
para não se transforma em surpresa
o óbvio da adversidade
perene e indestrutível
da incompreensão terrestre.
Várias das disputas perdi, e me senti feliz;
outras, venci
e me senti derrotado.
Também quase perdi
(ou perdi totalmente)
a liberdade de libertar...
E na estreita esfera
da minha gaiola arbitral
não sei se não matei
o pássaro irreverente
que se atrevia a tentar passar pelos arames,
feitos grades enjaulatórias,
do estreito universo liberal do homem.
Contudo,
da refrega seguramente ficou,
incrustada no livro da consciência,
a verdade que um dia a História Cósmica
provará:
Houve um pai, com amor,
e houve uma filha, adorada.


Parabéns (21.11.80).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por comentar no blog. Se tiver um email, escreverei para você. Abraço,
Magali