domingo, 18 de julho de 2010

Nem uma palmada

Então vai ser lei.



Nem uma palmada nos filhos.


Eu nunca bati no meu filho. Minto: apenas uma vez. Eu me descontrolei. A culpa foi minha, tenha ele feito qualquer coisa. E meu filho é dez.



Eu o ensinei a dialogar.
O que aprendi com o meu pai. Que me bateu apenas duas vezes. Num momento difícil de sua vida.



Mas apanhei muito sim.
De cabo de vassoura, na cara, jogada no chão com a mão e o corpo agressivo por cima. De uma bruxa. Bruxa que não usou esse método de "educação" com suas próprias filhas. Ao contrário. Nunca a vi bater nelas. Nunca.


E ter apanhado tanto não fez de mim uma pessoa melhor, como podem defender os adeptos da violência. Ao contrário. Machucou demais e me deixou marcas de tristeza. De como uma só pessoa pode destruir o mundo.



Eu sou contra, sempre, o maior bater no menor.


Seja pai, mãe, tio, professora.

Também acho bem triste que precisemos de uma lei que regule a violência doméstica. Demonstra o quão incivilizados estamos, o quão precisamos de freios externos. Assim como a Lei Maria da Penha.



Como não temos educação, precisamos do medo da punição da lei. Essa lei que se intromete no gênero do parceiro com quem casaremos, pro exemplo.



Triste de nós, que educamos pessoas como se fossem animais selvagens: com adestramento e domesticação.



Depois eles crescem, matam Elizas, Isabelas, Mércias etc.
Aprimoram a violência que aprenderam dentro de casa.


Quanto carinho ainda teremos que receber e aprender a dar...para nos civilizarmos.


EU AMO MEU FILHO.
QUEM AMA, NÃO AGRIDE.



Mão de adulto é pra orientar. Não pra machucar.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Pensando naquilo II


Bacana.

Los hermanos argentinos aprovaram hoje a lei que permite casamento entre homossexuais.

(Bacana vem de Baco; lembra bacanais...)

Dou meus parabéns.
E meu apoio.


Por que a lei, a sociedade, pretende determinar quem se ama?
Que diferença faz, na prática, se durmo com alguém do outro ou do mesmo sexo?


Cá entre nós : Quem tem a ver com isso?


Viva o amor!
Acho bonito casais abraçados, demonstrando carinho: sejam jovens, heteros, homos, velhinhos, bodas de ouro, ou uma "ficada".

A moral muda com a mudança dos costumes.

Nossa lei tá precisando dar um rolê em Buenos Aires...




Viva o cupido livre pra voar.

E flechar.
Sem preconceitos, cheio de amor...

terça-feira, 13 de julho de 2010

De Palheta

E foi com um sopro.
Sopro divino
de um ser iluminado
Um mago
que não anda,
flutua;
que não fala,
cria;
que não toca,
gera.
Alquimista
que transforma ar
em êxtase.


Para Paulo Moura
há dez anos atrás.

É Paulo, é rock, é música!



Ingênuo

Ternura

Espinha de Bacalhau
Peguei a reta...


No Dia do Rock,

Paulo Moura foi tocar seu clarinete transparente noutras bandas.



Tô triste.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pensando naquilo


Quem nunca ouviu dizer que "falhar" naquela horinha é uma situação constrangedora para o homem?

Bobagem... Imagine!
Os homens talvez não estejam assim tão preocupados com seu desempenho sexual que, afinal, é um "espetáculo" assistido apenas por uma pessoa.

Bom mesmo é ser aplaudido por vários com carrão do ano, cargo importante, grana no banco.

Homem moderno não transa.
Trabalha.
Não manda flores: descola clipes.

...


Os costumes mudam e mudam tudo.
A virgindade já foi motivo de especulação, morte e desonra.

Minha geração a viu perder força.
Hoje, quem liga pra ela?

A moçada de hoje pode estar vendo a mudança de outro "tabu": o da "fidelidade" conjugal (fidelidade entendida aqui como controle do corpo e do tesão do outro).

Um dia ninguém mais nem se lembrar disso, como já esquecemos de outrora sem celular.


Ou do cinto de castidade...



...

Quem sabe Eva seja finalmente perdoada....
Adão trabalhava demais....


...

Da música da Rita Lee, Amor e Sexo (ô musiquinha bacana..)Amor é um. Sexo é dois.
Amor pode ser um, sim.
Posso amar e o outro nem saber.
Coisa chamada de amor platônico, talvez.



Sexo sempre é dois. (Ou mais.)
Tem que ter acordo, papo, chaveco, lesco-lesco.

...
pra mim