Nem uma palmada nos filhos.
Eu nunca bati no meu filho. Minto: apenas uma vez. Eu me descontrolei. A culpa foi minha, tenha ele feito qualquer coisa. E meu filho é dez.
Eu o ensinei a dialogar.
O que aprendi com o meu pai. Que me bateu apenas duas vezes. Num momento difícil de sua vida.
Mas apanhei muito sim.
De cabo de vassoura, na cara, jogada no chão com a mão e o corpo agressivo por cima. De uma bruxa. Bruxa que não usou esse método de "educação" com suas próprias filhas. Ao contrário. Nunca a vi bater nelas. Nunca.
E ter apanhado tanto não fez de mim uma pessoa melhor, como podem defender os adeptos da violência. Ao contrário. Machucou demais e me deixou marcas de tristeza. De como uma só pessoa pode destruir o mundo.
Eu sou contra, sempre, o maior bater no menor.
Seja pai, mãe, tio, professora.
Também acho bem triste que precisemos de uma lei que regule a violência doméstica. Demonstra o quão incivilizados estamos, o quão precisamos de freios externos. Assim como a Lei Maria da Penha.
Como não temos educação, precisamos do medo da punição da lei. Essa lei que se intromete no gênero do parceiro com quem casaremos, pro exemplo.
Triste de nós, que educamos pessoas como se fossem animais selvagens: com adestramento e domesticação.
Depois eles crescem, matam Elizas, Isabelas, Mércias etc.
Aprimoram a violência que aprenderam dentro de casa.
Quanto carinho ainda teremos que receber e aprender a dar...para nos civilizarmos.
EU AMO MEU FILHO.
QUEM AMA, NÃO AGRIDE.
Mão de adulto é pra orientar. Não pra machucar.