Essa semana aconteceu caiu um piano na minha cabeça.
Um piano desafinado, sem música, inútil. Mas pesado. Muito pesado.
Fui vítima de uma maldade infinita.
Recebi um email de uma pessoa (suponho que seja email falso) dizendo que tinha me visto com o marido de uma amiga minha. Que eu era aquilo e ele, um cachorro, destacando que isso para ele seria elogio. Ela tinha fotos da traição! E iria mostra-las!! Ah, como ela disse, nós dois não perdíamos por esperar. E destacou que eu usava um vestido muito bonito quando estava saindo do carro dele. Me acariciou: disse que sou muito elegante.
Assim que recebi o email, respondi com cópia para o casal. Fui até a casa deles, conversar.
Avisei que iria encaminhar para a Delegacia de Crimes Digitais. A pessoa (fake ou não) tremeu. Mandou outro email, mais estúpido, pedindo para não ser processada que tinha um bebê de sete meses para cuidar. Pergunto: onde estava o bebê dessa senhora quando escreveu essas barbaridades?
Quanto às fotos, eu nem me preocupei. Eu sei que não tem mesmo. Mentira burra.
Mas quanto à maldade, essa pegou. Me abalei. A todos que eu contava a história, desconfiavam de uma mesma pessoa. Ontem, essa possibilidade ficou grande e explícita demais. Inacreditavelmente explícita.
Mas o estrago foi feito.
Penso que tenho prestado atenção nas minhas atitudes, procurando apaziguar aquele lado bélico que emerge das profundezas do meu ser animal e me tornar mais humana. Cuido de controlar agressividade, com gestos, palavras e pensamentos.
E como controlar o outro lado da moeda, o de ser vítima?
Ser vítima, além de tomar a porrada, dá a sensação de impotência, de culpa, de burrice.
Ainda mais se a agressão veio daquele lado que a gente espera acolhimento.
Maldade que vem de amigo, pensando bem , não é um piano que cai na cabeça: é uma orquestra toda. E mais o coral.
E espalha sua música desafinada, maldita, má: hoje meu filho, que me viu muito triste ontem, ficou “p” da vida com as atitudes dos supostos “amigos” e tomou porrada também. Passou mal do estômago e só conseguiu ir trabalhar agora à tarde.
E aí, você, agressora?
Tá mais feliz agora com o estrago todo que causou?
Não esquece: a vida retorna com o que se planta.
Boa colheita.