A destituição de objetos históricos familiares é uma violência.
E gera violência.
Antigamente os objetos sobreviviam às pessoas e carregavam a história. Hoje desaparecem, provocando assim sofrimento por um certo desenraizamento.
As histórias guardam certo saber; se desaparecem, não há como reconhecer-se e, por consequência, reconhecer o outro.
Por isso guardo fotos.
Volto a lugares onde morei.
Registro.
Conto ao meu filho e o levo lá.
Prefiro bens que carregam em si a minha história. A história da minha família.
Sonho em comprar aquela casa da Rua Arcoverde... Passo lá em frente e mostro-a aos meus amigos.
A chácara, repleta de histórias, em pé de laranjas e mangas. Não sai da família...
O milho do quintal da D. Dora.
Minha casa em Tatuí: continuação da história do meu sogro, que comprou aquela casa com sacrifício. Ela em si já é da história: do encontro das irmãs, pai num churrasco. Da cara linda do meu pai, com orgulho da filha que construiu uma casa "maior que a expectativa". Forte ouvi-lo dizer isso. Minha primeira casa própria. Do meu tamanho. Com muito suor e amor.
Outros vieram; nenhum perdi. Alguns foram violentados. Mas não por mim. Jamais violentaria a história.
Por isso, em minha casa, um lugar especial, bem à nossa vista: a espada do meu pai. Com sua fita cor do Brasil traz em seu corte a história mais pura que ele me deixou.
Não é nostalgia: é passado vivo e intenso.
A historicidade que reforça minha singularidade, numa alteridade acolhida.
Magali
sexta-feira, 24 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Tolerância
Tolerância é harmonia na diferença.
Rejeita o dogmatismo e o absolutismo.
Quanto mais se rejeita o pluralismo, mais cresce a intolerância. Assim também o fundamentalismo das religiões é fermento para a intolerância. Nelas, todos os fatos da vidas recebem um só explicação.
É preciso liberdade que se traduz em livre crítica e resistência à opressão.
Que nunca mais se imprimam números nos braços dos seres humanos.
Que Einstein passe a estar errado quando afirmou que "é mais fácil dividir um átomo que um preconceito".
Magali
Rejeita o dogmatismo e o absolutismo.
Quanto mais se rejeita o pluralismo, mais cresce a intolerância. Assim também o fundamentalismo das religiões é fermento para a intolerância. Nelas, todos os fatos da vidas recebem um só explicação.
É preciso liberdade que se traduz em livre crítica e resistência à opressão.
Que nunca mais se imprimam números nos braços dos seres humanos.
Que Einstein passe a estar errado quando afirmou que "é mais fácil dividir um átomo que um preconceito".
Magali
sábado, 18 de abril de 2009
Música Verde
Caminhada da tarde.
Sol dourado de outono.
Música: Villa-Lobos. Um Parque.
Ao fundo uma banda; perto, Dia do Exército.
Tanques, canhões, fuzis, helicópteros, soldados.
Aquela banda agora som perto.
Lágrima; meu pai ia gostar de ouvi-la.
Suspiro
Saudade
Saudade verde musical.
Sol dourado de outono.
Música: Villa-Lobos. Um Parque.
Ao fundo uma banda; perto, Dia do Exército.
Tanques, canhões, fuzis, helicópteros, soldados.
Aquela banda agora som perto.
Lágrima; meu pai ia gostar de ouvi-la.
Suspiro
Saudade
Saudade verde musical.
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