Eu prefiro sala sem televisão.
Eu prefiro quarto sem televisão.
Eu prefiro apenas uma televisão na casa.
Haverá um consenso sobre o que assistir.
Haverá família.
Enquanto eu preferia,
chegou o computador.
Um para cada um.
Um para cada isolado.
Então, em casa,
desligávamos televisão e computador,
por volta das dez da noite.
E conversávamos.
No começo não foi fácil.
Não tínhamos muito assunto.
Estávamos destreinados.
Depois a coisa foi tomando corpo.
Era gostoso saber que àquela hora teria conversa.
Nós estaríamos ali. Juntos.
Daí a vida andou.
A família separou.
A televisão virou em laptop.
Um pra cada um.
Um para cada isolado.
A conversa cada vez mais difícil.
Ao vivo.
Celular.
A sala invadida.
Sofá, cama, banheiro.
Carro, passeio, praia.
Almoço, jantar. Hospital.
Eu preferia varanda.
Passeio a pé.
Sorvete na rua.
Conversa às 22h.
Afeto com hora marcada.
O sorriso da família. Conversando.
Eram tempos bonitos....
Eram tempos de ouvir.
Tenho me forçado a ser menos voltada para baixo, para a telinha do celular. Tenho ganhado mais tempo para séries e filmes. Outra coisa que eu aboli é o terrível hábito de levar o celular para a mesa de jantar. Deselegante... lembro de vc, que praza pelas relações cara a carra... É difícil...mas estou tentando.
ResponderExcluirÉ Joy... na mesa... pelo menos na mesa não dá... Bjs
ExcluirTenho me forçado a ser menos voltada para baixo, para a telinha do celular. Tenho ganhado mais tempo para séries e filmes. Outra coisa que eu aboli é o terrível hábito de levar o celular para a mesa de jantar. Deselegante... lembro de vc, que praza pelas relações cara a carra... É difícil...mas estou tentando.
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