quarta-feira, 20 de abril de 2011

Rio sem margem


Descobri
sem fôlego
que me joguei num rio
sem margem

nadei nadei nadei
e nunca cheguei

esgotada
cansada
percebi
que todas as braçadas foram inúteis
solitárias sem direção

vi você
abri meu braço
levei comigo

água
afogada
falta de ar
falta de mar

nem vi que podia ter voado
se leve, se livre

que doem o tempo perdido

da cegueira de querer chegar
de acreditar no amor

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Magali