domingo, 3 de abril de 2011

Cidadania Tabajara

Quem nunca - eu escrevi nunca - jogou um papel, bituca de cigarro, ou resto de comida na rua, que atire a primeira pedra.
Não na rua, claro.
Na consciência.

Cidadania frágil. Egocentrica.

Duas senhorinhas bonitinhas, bem vestidas, alegres, tomando café na padaria. Em pé. Porque um casal jovem guardava a cadeira para a filha, ainda mais jovens.
Uma senhorinha, então, resolveu argumentar:

-Queridos, a padaria está cheia e sua filha não vem. Não podem liberar o banco?
- Claro que não! Imagine... Minha filha vai ficar em pé?
- Mas mocinho, disse a senhorinha, docemente indignada, por tantos motivos poderia liberar o banco, inclusive por eu ser mais velha e por ela não estar aqui.
- A senhora é doida, foi a resposta.
- Um dia alguém vai tratar sua filha como você está me tratando.

E como tem razão essa senhorinha.
Babacas sem educação básica, sem atenção às regras de boa convivência, preservando apenas o "seu", existem as montes. E se proliferam.

Mas eu sonho.
Tenho dificuldade em aceitar essa realidade, por que essa realidade não pode ser real.
Sonho respeito
carro para faixa de pedestre
jovem para mais velho
velho para mais jovem
homem pra mulher
mulher pra homem
gente pra gente
num mundo sem muros onde pedestre, bykers, motoristas, mães, netos, genros, políticos, dirigentes, empresas apliquem cidadania. Plena.

Não essazinha assim tabajara.

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