sem fôlego
que me joguei num rio
sem margem
nadei nadei nadei
e nunca cheguei
esgotada
cansada
percebi
que todas as braçadas foram inúteis
solitárias sem direção
vi você
abri meu braço
levei comigo
água
afogada
falta de ar
falta de mar
nem vi que podia ter voado
se leve, se livre
que doem o tempo perdido
da cegueira de querer chegar
de acreditar no amor
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Magali