quarta-feira, 6 de abril de 2011

Bloqueio no vôlei

Num jogo de vôlei, a torcida de um ginásio inteiro gritando "Bicha! Bicha!", para um jogador.

Que coisa é essa? Isso me dá um nojo, um enjôo.

Como se pode, ainda, AINDA, usar da orientação sexual de alguém para supostamente agredi-lo? Como com quem se dorme, ou se tem prazer, AINDA, pode ser objeto de controle de uma gangue?

Gangue: por que isso não é sociedade.
Mulher bonita, para essa gangue ou foi, ou é, ou será prostituta (quem não viu a linda esposa do atual vice-presidente sendo agredida por mensagens nas redes sociais, associando-a a um cartão de crédito, que mensuraria seu amor?)
Mulher sexualizada, ou apanha, quieta; ou morre. Ou vira adúltera.
Míni-saia justifica estupro: "também com essa roupa... tava pedindo" (quem nunca ouviu a vítima ser culpabilizada pela própria agressão sofrida?)
Lâmpadas quebradas na cabeça de jovens na Av. Paulista.
Declarações desastrosas de parlamentar, incentivadas pelo perguntante e piadista de plantão. Quem pergunta também pode ser preconceituoso.

Agora, foi num jogo de vôlei. Michael, agredido de forma exemplar, por uma gangue homofóbica, doente, enrustida: nossa sociedade.

Parabéns, Michael. Para assumir sua orientação sexual, no meio dessa gangue sanguinária, só sendo muito macho.

Como você: entrevista de Michael ao Globo Esporte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por comentar no blog. Se tiver um email, escreverei para você. Abraço,
Magali