segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Medida de todas as coisas

Esse é o meio de se obter o que acreditamos ser incompatível e o que quase todos os grandes homens reuniram, a força do corpo e a força da alma, a razão de um sábio e o vigor de um atleta.


Quereis, então, cultivar a inteligência de vosso aluno, cultivai as forças que ele deve governar. Exercitai de contínuo vosso corpo; tornai-o robusto e sadio, para torna-lo sábio e razoável; que ele trabalhe, corra, aja e grite, esteja sempre em movimento; que seja homem pelo vigor, e logo o será pela razão.

Como tudo que entra no entendimento humano vem pelos sentidos, a primeira razão do homem é uma razão sensitiva; é ela que serve de base para a razão intelectual; nossos primeiros mestres de filosofia são nossos pés, nossas mãos, nossos olhos.

Para aprender a pensar, devemos portanto exercitar nossos membros, nossos sentidos, nosso órgãos, que são os instrumentos de nossa inteligência; e, para tirar todo o partido possível desses instrumentos, é preciso que o corpo que os abastece seja robusto e são. Assim, longe de a verdadeira razão do homem formar-se inteiramente independentemente do corpo, é a boa conformação do corpo que torna fáceis e seguras as operações do espírito.


Jean-Jacques Rousseau
Emílio ou Da Educação
Pág.137-140




Enfim, a medida de todas as coisas não está tão longe.

Corpo.
Ouvir, sentir, perceber o corpo.
Corpo não mente.

O cérebro, parte hipervalorizada do corpo, mente.
Se ilude. Se confunde. Pensa que é real a imaginação e se enrola.
Ou o contrário.

Meu corpo vive.
Sente.
Quer.
Deseja.
Rejeita.
Ama.

Estando viva no corpo, aprendo.
E vivo.
Intensamente a vida.

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