Finalmente as soluções para essa coisa maluca que é viver.
Sinto,
não sei bem se consciente ou
inconscientemente
que os psicólogos serão nossos deuses.
Acenam-nos com
sorrisos complacentes do tipo "eu sei o que você fez no verão passado" ou "sei o que sente agora, mas não sentirei com você para não nos afogarmos juntos";
com mundos inacessíveis - do inconsciente à primeira mamada ou aquela transa malacabada - sabem, no fundo acessar nosso ego dilacerado;
espelhos para saídas dos labirintos, aquelas encrencas nossas mais íntimas;
com sentimentos oceânicos que nos transportam de gota, de nada, a um oceano todo, tudo.
Como deuses, ficarão distantes do nosso mundinho cotidiano; das nossas mazelas; dessa vidinha humana que levamos.
Esforçar-se-ão (desculpe a construção verbal, deve ser algo inconsciente) para que "funcionemos" bem. Como um relógio, de marca as horas, mas jamais pensará em questionar a existência ou a materialidade do tempo.
Infelizmente, para nós, réles humanos, teremos esses disparates de querer ser o que não somos ou de fazer o que não podemos. Voar, como Ícaro; amar como Sereia; narcisar, como Narciso. Nós, assim, não funcionamos bem.
No fundo, no fundinho mesmo, não batemos bem. Como diz Caetano: de perto ninguém é normal.
Foucault, liberta:
"A máquina funciona. O corpo vive".
Desejo viver bem.
Mesmo que esteja "funcionando mal".
Às favas com os deuses!
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