"Bob Marley morreu
por que além de negro era judeu.
Michael Jackson ainda resiste
por que além de branco ficou triste"
Gilberto Gil
Preto ou branco?
Que me desculpe o genial Gilberto Gil: nem um nem outro.
Michael Jackson nem preto em branco; seu mundo destruiu barreiras com a música.
Quando se destrói fronteiras o preço é alto.
É inadmissível transgredir. Como diz o filósofo: cada um no seu quadrado.
Por que não cantou, compôs, caminhou para lua, sendo o que era: um negro?
Seu lugar já estaria definido e estaríamos todos calmos.
Por que essa tal vitiligo, ou seja quem sabe nosso olhar, o branqueou? Por que justo ele?
Queríamos o branco, porém negro.
Queríamos no banco, como pedófilo. Banco de dinheiro ou banco dos réus?
O sabor de cada cirurgia plástica. Todos fazemos chapinha, Glória Maria. Por que ele também?
O prazer de acompanhar de cada dor que ele não aguentou, com analgésicos. Tarja preta. Tarja branca?
Artistas famosos, celebridades, são pássaros enjaulados de si mesmos. A chave da gaiola sumida.
Nem branco, nem preto, Gil.
Michael respirava contra esse mundo maniqueísta. Com dor.
Nós o queríamos branco ou preto, estrela sinalizante, pedófilo, maravilhoso.
Michael Jackson foi preto e branco. Multi-cores. Multi-raça. Multi-musical.
E nós piramos, no mundinho ou isto ou aquilo...
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