Hoje de manhã, quando eu tomava meu café na padaria, vi a presidenta Dilma no programa Mais Você.
Vi trechos de sua fala, que começou com agradecimento para a Ana Maria Braga: solidariedade por causa do câncer, que as duas superaram.
A naturalidade da presidenta, tomando café, delicadamente e ao mesmo tempo falando de economia nacional, sem a empolação característica dos políticos, foi me cativando.
Fui olhando mais.
Quando passaram trechos do cortejo presidencial, no dia de sua posse, percebi muitos novos simbolismos.
Ela não estava no carro oficial com um homem. Fiquei imaginando que mudança radical de paradigma: não tinha homem lá. E ela estava.
Quem a acompanhava no carro era sua filha. Extrema valorização do afeto.
Havia batedoras mulheres. Lado a lado com os homens.
Seu vestido era branco, como o sonhado pelas noivas, mas seu buquê era a faixa presidencial.
Ela foi do COLINA, do VAR. Ficou presa, nos Anos de Chumbo. Torturada no DOPS.
Ela fala mulher.
Faz omelete com a Ana maria.
Sorri ao ver uma criança.
Se "o amor é o reino das mulheres", como diz Rousseau, talvez, finalmente, afeto no poder.
Será que ainda dá tempo de trocar meu voto?
Nunca é tarde para repensarmos nossos valores. Fico feliz que mais uma mulher inteligente supera seus (pré) conceitos. Que bom! Mas isso não é para todo mundo. É para poucas e boas!
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